A noite

A noite

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

E aí tempo?

Ontem me veio a noção de como o tempo está passando rápido demais. Como coisas que parece que vivi outro dia, ja estão tão distantes. Isso me faz voltar à velha pergunta de sempre: o tempo é nosso aliado ou um grande vilão? Pra onde vão as coisas que vivemos e que são deixadas pra trás tão rapidamente? Pra onde vão as coisas que vivemos e queríamos ter vivido infinitamente? Em que lugar do espaço tudo isso vai parar?
As perguntas são inúmeras, as respostas não existem. E, se existem, fogem ao nosso entendimento. O fato é que eu só queria algumas coisas de volta. Alguns momentos de volta. Algumas pessoas de volta. Pra poder aproveitar intensamente, demoradamente, inconsequentemente. Aproveitar sabendo que é a última vez. Uma ultima chance pra dizer que errou, pra dizer que sentirá saudades, pra dizer que ama ou, simplesmente, pra dizer que sente muito. Mas que sente. Ou apenas pra contemplar tudo aquilo uma ultima vez. O ultimo olhar sincero, o ultimo abraço apertado ou a presença silenciosa, mas ali. 
O amanha é logo ali e o ontem ja está muito distante. Não dá pra voltar atrás e refazer a historia, porque de fato, o tempo não volta. Nós é que voltamos no tempo. E assim, que possamos amadurecer ao ponto de compreendermos a inutilidade do orgulho, a devastação da raiva, o peso da culpa e a traição do medo. 



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